Vestígios e Ruínas ( Ixo )
Isso já foi um quarto. Descansou os cotovelos de uma namorada e onde era a cama hoje é uma árvore. Foram duas: a outra cresceu onde dormiam as sandálias compradas ao mascate. E morreu jovem de um raio, em algum dezembro... O chão também subiu. Soterrou o pó das roupas de casa, dos vestidos gastos da ladeira e - quando criança -da jaqueira do quintal: A aventura de arrancar lá no alto a enorme fruta, amarrada a uma corda e descê-la com a paciência e disposição que faltavam aos adultos.
Isso já foi um quarto. Físico e seguro. Teve um teto; Pingava no verão bem ao lado do baú onde guardava as meias e o lenço em que chorava suas lágrimas no primeiro amor não correspondido. Todos os amores são “não-correspondidos” –gritava o coraçãozinho adolescente, já no primeiro dia de desilusão. Todos os amores são loucuras pessoais...
Talvez isso explicasse aquela firme árvore que brotou ali, mais à direita. Exatamente onde sonhou e acordou uma menina solitária, cada igual manhã remota...
Isso já foi um quarto. Físico e seguro. Teve um teto; Pingava no verão bem ao lado do baú onde guardava as meias e o lenço em que chorava suas lágrimas no primeiro amor não correspondido. Todos os amores são “não-correspondidos” –gritava o coraçãozinho adolescente, já no primeiro dia de desilusão. Todos os amores são loucuras pessoais...
Talvez isso explicasse aquela firme árvore que brotou ali, mais à direita. Exatamente onde sonhou e acordou uma menina solitária, cada igual manhã remota...
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