segunda-feira, agosto 29, 2005

Do amor que tem por mim a tristeza - entre três e sete - a psicografia do ilógico


Não sei colher palavras. Elas simplesmente me escapam. Ou não. Hoje é o silêncio quem fala.
Quero chorar sozinho.
Uma nuvenzinha triste paira sobre mim. Insiste em acompanhar meus movimentos. É o primeiro encontro com minha sombra. Ofereço um conhaque. Ela recusa. Sou eu projetado no espaço. Ela diz que é o contrário. Seu tom é frio.
Minha sombra não tem leveza. Duas horas e ela permanece estática, de pé, na parede da sala, a me interrogar. Eu não posso me desfazer! Minha feição é grave desde que me lembro. Tenho sono. A raiva, sem causa que possa admitir, sufoca. Preciso sair. O pulmão e a garganta doem. Preciso de mais um cigarro, por favor.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Muito intenso e realmente triste...Mas é bom saber que bom mesmo é a felicidade!E a faculdade?Aparece!Estou com saudades !Abração!

1:31 PM  
Blogger George Saraiva said...

Singelo e sufocante, mas ainda assim simples...

12:53 AM  

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