Preciso parar na superfície
Preciso deixar-me por descobrir
Eu
Que sempre me achei doce
Que sempre me achei pacífico
E relembrei as armadilhas fatais
Que construía quando criança,
Da caça às bruxas e lagartixas
Que decapitava no relógio d’água,
Substituía as tripas por trapos
Dos sapos que brotavam atrás das pedras,
E adorava ver a sangria dos porcos.
Ontem apertei um coraçãozinho
Até que ficasse roxo e imóvel.
Não chorei.
1 Comments:
Muito bom Ari,Muito bom!!=DD
A criança não comete armadilhas fatais consigo mesma.Comete? O perigo é confundir as coisas...
Beijos,Ari!!!!
;***
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