- Ariel, imagine uma árvore. Agora imagine que a árvore não existe. As alternativas são apenas essas, existir e não existir são lados diferentes de um mesmo objeto. Pois se para não existir basta a não existência, por que haveria de ter origem o existente?
quarta-feira, agosto 31, 2005
segunda-feira, agosto 29, 2005
Do amor que tem por mim a tristeza - entre três e sete - a psicografia do ilógico
Não sei colher palavras. Elas simplesmente me escapam. Ou não. Hoje é o silêncio quem fala.
Quero chorar sozinho.
Uma nuvenzinha triste paira sobre mim. Insiste em acompanhar meus movimentos. É o primeiro encontro com minha sombra. Ofereço um conhaque. Ela recusa. Sou eu projetado no espaço. Ela diz que é o contrário. Seu tom é frio.
Minha sombra não tem leveza. Duas horas e ela permanece estática, de pé, na parede da sala, a me interrogar. Eu não posso me desfazer! Minha feição é grave desde que me lembro. Tenho sono. A raiva, sem causa que possa admitir, sufoca. Preciso sair. O pulmão e a garganta doem. Preciso de mais um cigarro, por favor.
ORAÇÃO
Eu só preciso chorar um pouco,
e parar de fumar os cigarros que tanto me fazem mal.
Eu só preciso parar de pensar na infelicidade
para me sentir feliz.
Se minha voz é baixa e os gestos contidos,
Basta a quietude.
Não será preciso morrer
Para eu ser concebido.
A saudade é um aprendizado.
e parar de fumar os cigarros que tanto me fazem mal.
Eu só preciso parar de pensar na infelicidade
para me sentir feliz.
Se minha voz é baixa e os gestos contidos,
Basta a quietude.
Não será preciso morrer
Para eu ser concebido.
A saudade é um aprendizado.