segunda-feira, maio 05, 2008

No amanhecer de Peter Pan – 2ª parte













Homenagem aos mentores












“Busquei minha discordação, discórdia disseminando recordação!?”
Um último haicai.





É um trêmulo desejo, e o Havaí, por onde anda? Fizeram-me mero coadjuvante; ah! Esta alegria que tão pouco dura tão somente dura. É preciso que haja um pouco mais de feminilidade neste mundo; um pouco mais de amor; e o crescendo de um trompete afinado em si bemol molhando os olhos, (queime aqueles lábios molhados) um resto de solidão...
Poemas para a redundância, prolixos, exóticos e apropriadamente beat-beatitude, diria Kerouac: medo de se assumir hedonista à fim de persuadir o próximo: e, Eh! Seqüela Kafkaniana de prender-se ao presente representando ódio puro e repressão bossa-boca nova, onda-boçal. E que seja um calendário, que antítese! Imperador e César cainita devorando a si próprio recíproco à dor alheia, aleatório.








És esquerda e brilha pequeno é compositor ambíguo de operas celestialmente infernais, reticente: amargo do alto dos seus trinta. Gigantescamente adjetivável e de pormenores repletos de idéias tortas aprendiz de minha evolução, mas baluarte com bandeiras consumidas pela dor da repetição: trabalhando cada metáfora mar afora com olhos tristes. Assassino entre dentes num brado estridente dos ouvidos afoitos, mergulha-te num balde de cola – repõe teus cacos – e a herança do ensimesmado ensinamento e os arroubos de paixão que se dissolveram entre suor e lágrimas numa sacada do amigo perdido: popularmente reconhecido na afabilidade de mais um copo e o mesmo ombro.

***

Garotas amenas esperam sem a docilidade e minha alma espera não ser somente traição em troca de trocados, aspirando pelas frestas de um milagre. Encontro com a morte com hora marcada e tudo, o tal dialogo filosófico; assuar o nariz assoberbado. Ouvindo Caetano e Jorge em comunhão e benção num banheiro sujo em minha própria imundície e alcançando, quase, a possibilidade de chafurdar. Se posso ser um deus desses pequenos, que a mitologia até se esquece. É sangue que se mistura; são dois perdidos numa noite parca, um pai pouco à vontade – um filho desvirtuado, um maltrapilho consumindo-se em anéis de vergonha. Correndo em círculos para não ter que enfrentar a voz que clama durante os séculos predestinados.